terça-feira, 29 de agosto de 2017

ANÁLISE DE ÁCIDO FOSFÓRICO POR POTENCIOMETRIA

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Determinação do Índice de acidez em Ácidos Sulfônicos (laudo técnico)

Determinação de Amina Livre (laudo técnico)

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Óleo de Mamona

quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Análise Hipoclorito de Sódio

Análise Água Sanitária

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Funcionários

Davi Alves; Gabriel Prusch; Giovanna Silva; Vânia Calixto; Victor China e Wellington Anjos.



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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Métodos de ensaios em açúcares e adoçantes

      1.    Açúcares

1.1. Sacarose por desvio polarimétrico direto

A polarização é a porcentagem em massa da sacarose aparente contida em uma solução açucarada, determinada pelo desvio da luz polarizada ao atravessar esta solução. As rotações na escala são designadas como graus sacarimétricos (ºS) ou desvio polarimétrico [α] D 20º. De acordo com a International Commission for Uniform Methods of Sugar Analysis (ICUMSA), uma solução normal de sacarose quimicamente pura corresponde a 100ºS, sendo a base de calibração do sacarímetro. 100ºS correspondem a um desvio polarimétrico de (34,620 ± 0,002)ºC, a 20ºC, no λ = 589,2 nm (lâmpada de sódio).

Material:
Polarímetro com leitura em graus sacarimétricos (ºS) ou desvio polarimétrico (αD 20); tubo de vidro para polarímetro (200 ± 0,03) mm; termômetro;
béquer de 50 mL;
balão volumétrico de 100 mL;
proveta de 50 mL;
bastão de vidro;
funil de vidro de tamanho pequeno;
papel de filtro qualitativo;
vidro de relógio.

Reagentes
Creme de alumina
Acetato básico de chumbo

Procedimento

Pese (26,000±0,002)g da amostra totalmente homogeneizada em um béquer de 50 ml. Transfira para um balão volumétrico de 100 mL, com o auxílio de 50 mL de água. Complete o volume com água a 20ºC. Enxugue a haste do balão volumétrico com papel de filtro e agite. Filtre e cubra o funil com vidro de relógio ao iniciar a filtração. Despreze os primeiros 25 mL do filtrado. Ajuste o polarímetro, conforme o manual do equipamento. Lave o tubo polarimétrico com o próprio filtrado e preencha com a mesma solução, evitando formação de bolhas no seu interior. Proceda a leitura com a luz monocromática de sódio (λ= 589,2 nm) em % de sacarose ou desvio polarimétrico, à temperatura constante de (20 ± 0,5)ºC. Para soluções mais escuras, emprega-se creme de alumina ou acetato de chumbo seco. No caso deste último, adicione pequena quantidade do sal seco à solução de açúcar após ter completado o volume e misture. Repita, se necessário, as adições do sal até completar a precipitação e observe se a solução está sendo clarificada, tomando o cuidado de não se adicionar excesso do referido sal.
1.2. Determinação da umidade por secagem à pressão atmosférica

Este método é aplicável para os diversos tipos de açúcares. Baseia-se na determinação da perda de massa por secagem em condições especificadas de temperatura e tempo.

Material
Balança analítica
Estufa
Termômetro
Espátula de metal
Dessecador com sílica gel e
Cápsula de níquel, platina ou de alumínio com fundo chato e tampa.

Procedimento

Pese de 5 a 10 g da amostra totalmente homogeneizada em uma cápsula de fundo chato com tampa, previamente tarada. Seque em estufa durante 2 horas a (105±2)°C. Remova a cápsula da estufa, cubra, resfrie em dessecador e pese. Repita as operações de secagem por 30 minutos e de resfriamento até que o peso entre duas secagens tenha uma diferença ≤ 2 mg.
                                                                                 


1.3. Determinação da cor ICUMSA
Este método é usado para a determinação da cor em açúcares, podendo ser aplicado em todos os açúcares brancos cristalizados ou em pó. Baseia-se na determinação da absorbância da solução açucarada, no comprimento de onda de 420 nm. A solução é preparada e filtrada para eliminar a turbidez. A cor ICUMSA é expressa em unidades ICUMSA.

Material
Espectrofotômetro UV/VIS
Suporte para a cubeta de 5 a 10 cm
Refratômetro com escala em °Brix
Balança analítica
Potenciômetro
Agitador magnético e barra magnética
Banho de ultrassom
Conjunto de filtração para membranas de 47 mm de polissulfona
Bomba de vácuo
Membranas filtrantes de fibra de vidro tipo AP25
Membrana hidrofílica (HA) tipo triton-free de (0,45 μm)
Espátula metálica
Frasco Erlenmeyer de 250 mL
Cubetas de quartzo de 5 cm e 10 cm de percurso óptico
Proveta graduada de 100 mL
Bastão de vidro e béqueres de 100 e 250 mL.

Reagentes
Solução de trietanolamina 0,1 M
Solução de ácido clorídrico 0,1 M
Solução-tampão trietanolamina/ácido clorídrico

Procedimento
Prepare a solução-tampão um dia antes de usar e guarde em refrigerador. Estabilize a solução à temperatura ambiente antes de usar. Meça o pH e ajuste para 7, se necessário, com solução de ácido clorídrico. Pese (50 ± 0,5) g da amostra em um béquer de 250 mL. Adicione (50 ± 0,1) g, ou (50 ± 0,1) mL da solução-tampão TEA/HCl e agite no agitador magnético até a dissolução do açúcar. Filtre a solução sob vácuo através das duas membranas, sendo a membrana de vidro sobreposta à de HA. Transfira o filtrado para um béquer e coloque no banho de ultra-som por 3 minutos. Meça o grau Brix no refratômetro e corrija a temperatura a 20ºC e em seguida multiplique o valor do Brix corrigido a 20ºC pelo fator de correção 0,989. Obtenha a concentração da sacarose (g/mL). Faça a leitura da absorbância da solução a 420 nm, empregando-se a cubeta de 10 cm para açúcar refinado e de 5 cm para o açúcar cristal. A escolha da cubeta deve ser tal que a leitura da transmitância da solução esteja dentro da faixa de (25 - 75) %. Utilize como branco a solução-tampão TEA/HCl. A diferença absoluta entre dois resultados em duplicata de açúcares com valor de cor ICUMSA abaixo de 50 UI, não deve ser maior que 3 UI. Para açúcares com valor de cor ICUMSA acima de 50 UI, a diferença absoluta entre dois resultados em duplicata, não deve ser maior que 7 UI.
1.4. Determinação de anidrido sulfuroso pelo método modificado de Monier-Williams
O dióxido de enxofre pode ser usado nos alimentos como conservador isolado ou na forma de seus sais de sódio, potássio ou cálcio, mas nas análises sempre é calculado na forma de SO2 livre. Tem ação inibidora no crescimento de fungos, fermentos e bactérias aeróbias e previne o escurecimento enzimático de frutas e vegetais. Mantém a vitamina C, mas inativa a vitamina B1.

Material
Manta aquecedora
Cilindro de nitrogênio
Aparelho para determinação de SO2

Reagentes
Água oxigenada a 3%
Ácido clorídrico
Hidróxido de sódio 0,05 M
Vermelho de metila a 0,2% m/v ou azul de bromofenol a 0,4% m/v

Procedimento
Pese (50 ± 1) g de açúcar homogeneizado e transfira para o balão de destilação e proceda conforme descrito no método quantitativo de Monier- Williams. Adicione 350 mL de água e 20 mL de ácido clorídrico. Transfira 15 mL e 5 mL de água oxigenada a 3%, respectivamente, para os frascos A e B, que devem estar mergulhados em banho de água gelada. Abra o torpedo de nitrogênio e faça passar corrente de nitrogênio a razão de 10 bolhas por minuto no balão de reação e aqueça-o de modo a manter a ebulição durante 120 minutos e não aumentar o número de bolhas por minuto. Desligue. Transfira a solução do frasco B para o frasco A, lavando com 10 mL de água bidestilada e deionizada. Adicione três gotas do indicador e titule com a solução de hidróxido de sódio 0,05 M. Titule um branco de 20 mL de água oxigenada nas mesmas condições. Alternativamente, pode-se usar, em substituição ao ácido clorídrico, uma solução aquosa de ácido fosfórico 1:1, v/v. Para amostras com baixa concentração de sulfito, recomenda-se a titulação potenciométrica.








        2.    Adoçantes

2.1. Análise de teor de aspartame
O fosfato de zinco(II) foi preparado tratando-se Zn(CH3COO)2.2H2O 1,5 mol L-1 com excesso de Na2HPO4 1,0 mol L-1. O sólido branco obtido correspondendo ao Zn3(PO4)2 (s) foi lavado com água deionizada e seco em estufa a 110 0 C por 4 h. Diferentes proporções de resina poliéster e fosfato de zinco foram misturadas em frascos de polietileno. Após homogeneização manual, 0,5 ml do catalisador (peróxido de metiletilcetona) foram adicionados. A mistura foi deixada à temperatura ambiente por 24 h. O sólido rígido obtido foi quebrado com martelo e um moedor de café e um liquidificador doméstico foram utilizados para obter partículas de tamanhos reduzidos. A seleção do tamanho das partículas foi realizada utilizando-se peneiras com granulometria apropriada. Cerca de 400 mg das partículas de poliéster com granulometria entre 250-350 µm contendo Zn3(PO4)2 foram introduzidas, por aspiração com uma seringa, dentro de tubos de polietileno com uma das extremidades vedada com um pedaço de lã de vidro para prevenir a saída das partículas da coluna. Adoçantes dietéticos contendo aspartame foram adquiridos no comércio local e analisados pelo método proposto. Massas exatamente determinadas em balança analítica, foram transferidas para béqueres de 50 ml e dissolvidas com alíquotas de aproximadamente 50 ml de água. A sílica não dissolvida foi filtrada e o filtrado transferido quantitativamente para balões volumétricos de 100 ml, sendo os seus volumes completados com água. Essas soluções foram posteriormente diluídas para obtenção de soluções de aspartame com concentrações dentro da faixa de linearidade da curva analítica.

2.2. Métodos de análise de teor de sacarina
Foram determinadas, em duplicata, os teores de sacarina, expressos em mg/ ml, de quatro marcas populares denominadas adoçante A, adoçante B, adoçante C e adoçante D, pelo método Volhard. A um volume de 1,0 ml do adoçante são adicionados 10 ml de água destilada. Em seguida, sob agitação branda, foram adicionados 10 ml de solução padrão de nitrato de prata 0,1 mol. L^(-1) ocorrendo a formação do precipitado de sacarinato de prata, AgSac. A mistura é filtrada em papel de filtro quantitativo, onde o precipitado de AgSac é lavado com água destilada. Ao filtrado contendo o excesso de AgNO são adicionados 1,0 ml de solução indicadora de sulfato férrico amoniacal e 1,0 ml de ácido nítrico 6,0 mol. L^(-1) sendo titulado logo em seguida com solução padrão de tiocianato de potássio 0,1 mol. L^(-1) . As reações envolvidas nos processos são:
1º Etapa: Reação de precipitação: SacNa+AgNO_3→AgSac_((s))+Na^++NO3
2º Etapa: Reações de titulação: Ag^++SCN^-→AgSCN_((s)) Fe^(3+)+     SCN^-→FeSCN

2.3. Método de análise de sucralose
Utilizou-se o método recomendado pelo FCC e JECFA (FAO/OMS) que emprega a cromatografia líquida de alta eficiência com detector de índice de refração6,10. O método descrito utiliza uma coluna RadPak C18 de 10 cm x 8 mm, 5 µm e vazão de fluxo de 1,5 ml min-1. Este método prevê que podem ser feitos ajustes nas condições cromatográficas de modo que o tempo de retenção da sucralose fique próximo de 9 min.



  3. Métodos de Coleta
Os métodos de coleta de açúcares e adoçantes se embasam na norma NBR 5426/77, a amostragem desses alimentos secos pode ser manual ou através de equipamentos, em equipamentos é feita utilizando principalmente equipamentos como: Jones Riffle Sampler e o tipo Boerner. Pontos importantes para a coleta são:
    ·         A amostra para análise tem que ser representativa da totalidade do alimento;
    ·         A amostra para análise não deve produzir prejuízo econômico sensível;
    ·          A amostra para análise de contra verificação (contra amostra) tem que ser representativa     da totalidade da amostra;
    ·         A amostras devem ser bem guardadas, evitando ao máximo o ataque de micro-organismos;
    ·         A coleta deve ser feita com equipamentos e instrumentos devidamente esterilizados;
    ·         Caso a coleta esteja sendo feita por um indivíduo, este deve estar utilizando os EPI´s    adequados (luvas, jaleco, touca, máscara, óculos de segurança, entre outros).




Referências Bibliográficas

INSTITUTO ADOLFO LUTZ Métodos físico-químicos para análises de alimentos. 4ª edição, 1ª edição digital – São Paulo, 2005.

KIMURAI, I. A. et al. Saúde Portal de Revistas – SES. Análise de sucralose por cromatografia líquida de alta eficiência em refrigerante dietético e adoçante de mesa – São Paulo, 2005.

<http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-98552005000200009&lng=pt&nrm=iso> Acess
o em: 2 ago. 2017.


SANTOS, L. S. B. et al. Determinação de sacarina em adoçantes artificiais pelo método de volhard. Natal, 2014. < http://www.abq.org.br/cbq/2014/trabalhos/4/4101-17477.html> Acesso em: 2 ago. 2017.
ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas <http://www.saude.rj.gov.br/comum/code/MostrarArquivo.php?C=Njg1Nw%2C%2C> Acesso 2 de ago.2017.